Dois lados de uma mesmíssima moeda
Numa cidadezinha ao norte da Pensilvânia...
Eram duas pessoas.
E era uma só.
Acordava cedo com sono, dormia tarde, universitário, subproletario, micro empreendedor, equilibrista orçamentário.
Solicito
Atento
Arguto
Rebento que arrebenta.
Acordava tarde, ou não acordava, sua vida era um sonho intangível, de um realismo mágico a La Gabo nos seus dias altos de Cem Anos de Solidão. “bicho solto, cão sem dono, menino perdido” entre estrelas peitudas habitantes das águas de Netuno: O cabra era ligeiro, gatilho pronto, poeta de letras miúdas
Amável
Amante
Deliciosamente indolente.
Deus de seu tempo.
Negociava empréstimo sobre empréstimo, sofria. Alíquotas, cotações, climatempos...
Naus de idéias capitais...
Era cético de saldo negativo
Nietzsche de aluguel.
Vivia perambulando entre um desejo sádico de dar um golpe de estado no patrão
De libertar-se enquanto escravo
E de escravizar enquanto Tirano
Era vil, covil, insanamente racional
RezaDor.
Sorria como um Sol.Iluminava.Espraiava sua indolência para alem da impressão grosseira da preguiça.
Servo de si, tinha o gozo por limite.
Mas sempre gozava depois
Bebia um vinho acolhedor
“Acolhegria”
Com os braços estendidos qualquer amigo estranho que passasse
Passava...
Como o passarinho.
Discutia ferrenho ao telefone:
-Demônio de empregada
Suas roupas estavam sempre velhas, esfarrapadas, sapatos novos, cara nova
Nova privada.
No almoço A LA Minuta padrão
De cabeceira
Os sonhos deixava na rua
Para não atrapalhar a razão
Nem o apetite
Do estúpido patrão
Viajava mil vezes de dentro de sua rede
Estendida
Como nuvem num cenário pitoresco
Hercúleo
Belo
Com o martelo da paciência, talhava
Sua Majestade
Sua fé
Sua liberdade
Brilhante
Um dia, num retorno para casa no transito cruzado,
Engarrafado
Lento
Cruzaram-se.
Irremediáveis
Os dois formaram um
Os dois formaram uma moeda
De “grana”
De “fonte de desejos”
De agonia.
Era um embolamento, embolia
Patrão filho-da-puta, corno de cá,
Dinâmico e objetivo, de lá
Na rua, os pássaros
Na rede, o tempo
No escritório, a guerra
Na sinaleira, aquele mendigo fétido e sorridente estranhara os “cinqüenta paus”,
Um se retorcia nos fundilhos batidos de uma calça cortada por estilista de Nome,
Outro se ria daquela fome
Era um enrosco
Lindo e tosco
Enquanto um “retroaviso” corria na mente focada do destemido
O outro corria com as crianças nas ruas
O inferno dos relatórios atrasados
Tanta guerra por trocados
“ao vencedor as batatas”
Bem no peito, arritmia
Bem no coração um amor
Pra Maria
Piranha
Puta
Podre
Linda
Leve
Nobre
Nem penso em tocar naquela sujeira
Quero me lambuzar, fazer besteira
Era sempre um embolamento
Uma discussão
Ou era o Chico, ou o Chicão...
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Impressões a cerca de um tal “Edsozinho”
Tem dias que esse rato não consegue entender direito porque o seu paraíso não é bem um bueiro fétido próximo aos centros urbanos.
Tem dias que esse rato é “Um rato e no más, e é feliz”.
Tem dias que esse rato é absolutamente inovador na arte de fazer besteira, acreditando que aquele sexo drogas e “rock “n” Raul” da adolescência efervescente cai bem aos trinta...
Tem dias que a solidão é um fardo
E que uma frase é um dardo direto no peito
Flama na consciência
Ciência sem sono.
Tem dias que esse rato molhado escorrega mesmo entre as mãos do abandono
Não se sabe por que, mas esse rato acredita que você também pode sentir tudo isso sem pintar uma lagrimazinha com lápis de maquiagem no rosto...
Tem dias que o Brown acerta em cheio!
E o Chico é só mais uma aguinha de março...
Tem dias que ser rato é um ranço
Tem aqueles dias em que ele bate no peito, canta o hino nacional em voz alta, é tropical, tropicalista, tropicaliente...
Um machadiano convicto sem lenço, documento ou fogão a lenha
Que tem certeza que não é erudito
Que tem certeza que odeia gritos
Que tem certeza que é só uma questão de vaidade
De maldade
De desespero
De perdição
De falta de tempero
Todos os “bolos” do mundo ainda não cansaram esse rato: ele bota fé que a coisa toda vai rodar um dia: Máquina mundi, modus operandi, carpe diem, abraços de verdade na terra dos desbraçados.
Bueiros de rosas purpúreas, frondosas
Casas com cheiro de madeira seca...
Sol a pino, pele trigueira, faceira, paradoxal...
Verdades atestadas em livros: gibis de vidas...
Roídas.
Becos sem saída com alamedas direto para as saídas...
De emergência.
“Knocking on heavens door” a la Bob Dylan.
Um dia esse rato ainda vai encontrar a Lama, linda, paciente, sexy,perigosa
Um dia esse rato será “trans”: transcendental.
Desde a ponta do dardo até a ponta do peito
Desde a procissão até o leito
Desde o medo até o pleito
Desde o sono até o cesto
Da bossa ao samba
Da preservação das tripas, dos pandas
Um dia esse rato será
Solamente um KKKKK KKKKK KKKKK
Pulsante.
Lindo. Humano. Singular. Irretocável...
Como você.
Tem dias que esse rato é “Um rato e no más, e é feliz”.
Tem dias que esse rato é absolutamente inovador na arte de fazer besteira, acreditando que aquele sexo drogas e “rock “n” Raul” da adolescência efervescente cai bem aos trinta...
Tem dias que a solidão é um fardo
E que uma frase é um dardo direto no peito
Flama na consciência
Ciência sem sono.
Tem dias que esse rato molhado escorrega mesmo entre as mãos do abandono
Não se sabe por que, mas esse rato acredita que você também pode sentir tudo isso sem pintar uma lagrimazinha com lápis de maquiagem no rosto...
Tem dias que o Brown acerta em cheio!
E o Chico é só mais uma aguinha de março...
Tem dias que ser rato é um ranço
Tem aqueles dias em que ele bate no peito, canta o hino nacional em voz alta, é tropical, tropicalista, tropicaliente...
Um machadiano convicto sem lenço, documento ou fogão a lenha
Que tem certeza que não é erudito
Que tem certeza que odeia gritos
Que tem certeza que é só uma questão de vaidade
De maldade
De desespero
De perdição
De falta de tempero
Todos os “bolos” do mundo ainda não cansaram esse rato: ele bota fé que a coisa toda vai rodar um dia: Máquina mundi, modus operandi, carpe diem, abraços de verdade na terra dos desbraçados.
Bueiros de rosas purpúreas, frondosas
Casas com cheiro de madeira seca...
Sol a pino, pele trigueira, faceira, paradoxal...
Verdades atestadas em livros: gibis de vidas...
Roídas.
Becos sem saída com alamedas direto para as saídas...
De emergência.
“Knocking on heavens door” a la Bob Dylan.
Um dia esse rato ainda vai encontrar a Lama, linda, paciente, sexy,perigosa
Um dia esse rato será “trans”: transcendental.
Desde a ponta do dardo até a ponta do peito
Desde a procissão até o leito
Desde o medo até o pleito
Desde o sono até o cesto
Da bossa ao samba
Da preservação das tripas, dos pandas
Um dia esse rato será
Solamente um KKKKK KKKKK KKKKK
Pulsante.
Lindo. Humano. Singular. Irretocável...
Como você.
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